Voto Consciente

O poder político é exercido pelo povo, indiretamente, por intermédio de representantes periodicamente eleitos. 
O poder político não se esvai com voto, remanescente integro no patrimônio cívico do eleitor, exatamente como se ele tivesse outorgado um mandato a procurador para representá-lo. Bem por isso, o Cidadão deve acompanhar o desempenho de seu representante, conhecendo seus atos públicos e manifestando sua opinião sobre a situações vivenciadas, durante toda a duração do mandato. 
Essa verdade simples parece não ser conhecida, tanto que o cidadãos estão abdicando do exercício do poder político e agindo como se a escolha do representante fosse um ônus cívico, restrito ao momento do voto. Realmente, são raros os eleitores que lembram o nome de seus representantes e que sustentam o liame cívico-político com os eleitos. 
SUrge alterar esse posicionamento e exercitar plenamente o poder político concedido ao cidadão no regime democrático. Para assim fazer, há necessidade de análise estudo e reflexão, para a escolha de representantes efetivamente afinados com as convições de cidadania de cada um de nós. Análise do momento presente, do que pode ser feito para uma proveitosa mudança dos rumos, para o progresso continuando do pequeno universo em que vivemos. Estudo das propostas cívicas e dos ideais filosóficos dos disputantes, para bem definir se eles ajustam-se às nossas crenças e aos nossos objetivos de vida. Reflexão, no que concerne aos postulantes, às suas origens, às suas histórias biográficas, às condições de desempenho e de capacidade para nossa correta e adequada representação. 
O poder político do eleitor não se resume ao ato eleitoral, é permanentemente e inalienável e deve ser exercitado em sua plenitude, para que a representação democrática seja fortalecida, para que nossos idéias prevaleçam e para que nossa comunidade seja engrandecida. 
Aproxima-se nova oportunidade. 
Nem todos conseguiremos acertar, mas todos temos o dever de amadurecer, de evoluir e de bem exercer o poder político.